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segunda-feira, 24 de março de 2014

Garoto de 16 anos cursa ensino médio e mestrado em matemática

Daniel Rocha pode pegar diploma só depois de concluir graduação.
Filho de professor, jovem mora no Rio de Janeiro e estuda no Impa.



Daniel Santana Rocha tem 16 anos e cursa mestrado em matemática pura no Impa (Foto: Vanessa Fajardo/ G1)
    Quando tinha 11 anos, Daniel Santana Rocha foi acompanhar o pai em um curso de matemática para professores e surpreendeu a sala de aula ao resolver um exercício que parecia indecifrável por todos. Foi para lousa e mostrou a resolução para orgulho do pai, que também não tinha conseguido chegar na resposta do problema. Hoje aos 16, a presença de Daniel no curso de mestrado em matemática pura no Instituto Nacional de Matemática Pura Aplicada (Impa), instituição que reúne a excelência em matemática do país no Rio de Janeiro, não causa mais espanto.
         Segundo o pai de Daniel, os docentes do Impa não veem mais o filho como criança. “Eles já esqueceram isso, já se habituaram.” Daniel não foi o único aluno a entrar no Impa sem ao menos ter completado do ensino médio. Quem puxou a fila foi o professor Carlos Gustavo Tamm de Araujo Moreira, o Gugu, que fez doutorado e leciona na instituição, mas ingressou em março de 1988 quando tinha 15 anos. Aos 17 já tinha concluído a graduação e o mestrado.
Daniel Santana Rocha tem 16 anos e cursa mestrado em matemática pura no Impa (Foto: Vanessa Fajardo/ G1)

Daniel também disputa olimpíadas desde o ensino fundamental. Por muito pouco não passou na seletiva para compor a equipe que vai disputar a internacional na Colômbia. No histórico acumula pelo menos 20 medalhas em competições nacional e internacionais.
“Meu pai sempre me ensinou mais matemática do que o colégio. Aos 12, já sabia toda a matéria do ensino médio, mas não sou gênio, todo mundo pode aprender. Acontece que o jeito que ensinam no ensino médio você não aprende o que é de verdade”, afirma.
Fernando conta que o filho estuda mais do que ele, que ainda não conseguiu fazer um mestrado. “Quando tenho dúvidas em matemática, ligo para ele. Outros professores também fazem isso. Ele é bom para ensinar. Eu também dou aulas particulares, nunca levo o Daniel junto porque se eu faço isso, perco o aluno.”

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